O deputado estadual Carlos Batinga (PSB) criticou hoje a centralização de poderes do presidente do legislativo estadual Arthur Cunha Lima (PSDB) e a diferença de tratamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para com os parlamentares. Segundo ele, há gabinetes que são aquinhoados com verbas generosas, enquanto outros são mantidos com pequeno orçamento mensal.
Descontente com a falta de diálogo, Batinga decidiu não comparecer mais às reuniões convocadas pela Mesa Diretora. "Quando a Mesa Diretora chama para conversar, não se conversa. Eles dizem que determinado assunto vai ser tratado de tal maneira e pronto. Não se abre a possibilidade de opinião nem de contestação", disse.
Além de reclamar centralização de poderes, que ele atribui à figura do presidente da Casa, Arthur Cunha Lima, Batinga ainda diz que há diferentes tratamentos para com o repasse de verbas para os gabinetes: "Há gabinetes com tratamento muito bom e outros que não chegam nem ao baixo clero. É o meu caso, que fico no subsolo", brincou.
Nesse nível de subsolo, estariam outros cinco parlamentares, segundo Batinga: Ivaldo Morais, Verissinho, Jeová Campos, Guilherme Almeida e Leonardo Gadelha. Comparados com os integrantes do "sub solo" do parlamento estadual, haveriam os bem aquinhoados, cujos repasses de gabinetes seriam até 10 vezes maiores que o grupo dos "excluídos".