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Avião sobrevoa evento da PRF com faixa com a frase ‘Bolsonaro mentiu’

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Enquanto agentes e autoridades participavam nessa quinta-feira (30) de um evento pelos 94 anos da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na sede da Universidade Corporativa da PRF em Florianópolis, Santa Catarina, um avião sobrevoou o local do evento com os dizeres: “Nada a comemorar. Bolsonaro mentiu pros PRFs”.

Em determinado momento do protesto aéreo, o avião disputou espaço com um helicóptero da PRF que fazia parte do evento, que contava com a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

O avião foi alugado pela FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), que integra os sindicatos estaduais da PRF, para constranger o presidente Jair Bolsonaro (PL) após ele ter admitido publicamente que não haverá reestruturação de carreiras ou aumento de salários para servidores federais.

Conforme a FenaPRF, a promessa de Bolsonaro de reestruturar as carreiras da PRF e de outras forças civis de segurança vem desde a primeira visita do presidente a Florianópolis, em outubro de 2019, para uma formatura da instituição.

Após mais de três anos sem avanço nas negociações, o presidente admitiu em entrevista ao canal SBT, em 7 de junho, que as medidas ficarão para 2023, em caso de reeleição.

Na entrevista, o presidente afirmou que “algumas categorias pedem reestruturação. Mas, quando você fala em reestruturar uma carreira, as outras não admitem que as delas não sejam também reestruturadas. E não tem recurso para tal”.

Em seguida, prometeu que, “para o ano que vem [2023], teremos reajuste e reestruturação.”

A reestruturação das carreiras e a recomposição de forças de segurança como PRF, Polícia Federal, Departamento de Penitenciário e Polícia Militar e bombeiros do Distrito Federal foram incluídas na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023. Porém, não há garantias de que o investimento será efetivado.

O protesto em Santa Catarina não foi o único. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, representantes do sindicato local da PRF compareceram à motociata realizada por Bolsonaro para distribuir 1.277 canetas da marca BIC, uma para cada dia de governo em que o presidente não cumpriu a sua promessa. No local, faixas diziam: “Presidente Paulo Guedes, devolva a caneta ao ministro Bolsonaro”.

Protestos semelhantes devem se repetir nos próximos meses, promete a FenaPRF.

“Decepção é uma palavra insuficiente para descrever o sentimento da categoria com o presidente, que, ao longo de três anos, só surfou na popularidade das polícias sem ter feito nada por elas”, diz o presidente da FenaPRF, Dovercino Borges Neto.

Conforme Borges, a reestruturação deveria abranger, além de recomposição salarial prevista em lei, medidas como a pensão vitalícia às famílias em caso da morte dos agentes em serviço, incluindo acidentes em rodovias, como ocorre com as Polícias Militares. Hoje, o benefício é temporário.

O sindicalista afirma ainda que a PRF se desgastou em episódios envolvendo agentes que foram relacionados ao bolsonarismo, como o assassinato de Genivaldo Santos dentro de uma viatura da PRF, em Sergipe, e a presença em operação que resultou em 23 mortes na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

Para ele, um dos objetivos dos protestos em série é desvincular a imagem da polícia da de Bolsonaro e “retomar a imagem de polícia cidadã” da instituição. A categoria deve buscar aproximação com outros presidenciáveis até as eleições.

 

Com Folha Online

 

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