Uma avaliação dos financiamentos de campanha, este ano, revela algumas surpresas interessantes. A eleição dos 12 deputados federais e dos 36 novos deputados estaduais aponta uma série de constatações interessantes, que evidenciam uma parte da realidade por trás dos números – geralmente altos – que envolvem os gastos de uma vitória nas urnas.
No total, os 12 federais eleitos somaram uma receita superior a R$ 4.7 milhões. A prestação de contas também revelou que as "dobradinhas" ficaram muito mais no campo político, não se consolidando efetivamente ao campo financeiro.
Mesmo assim, alguns estaduais receberam ajuda dos candidatos a deputado federal, e até dos postulantes a senador, mas as doações foram praticamente simbólicas.
A própria Francisca Motta foi uma das grandes patrocinadoras da campanha do neto, o deputado federal eleito Hugo Motta (PMDB). Com uma receita de campanha modesta de R$ 154.354,56, Hugo deve cerca de R$ 24.209,00 à doação feita pela avó.
O deputado Arnaldo Monteiro (PSC) recebeu R$ 20 mil do deputado federal não eleito Leonardo Gadelha (PSC), o qual ficou na suplência para a Câmara Federal. Leonardo também contribuiu com R$ 9.775,00 de sua campanha para a do deputado estadual eleito André Gadelha (PMDB), e doou R$ 13.550,00 para Carlos Batinga (PSC).
O deputado estadual eleito Tião Gomes (PSL) recebeu R$ 2.345,00 de Quinto de Santa Rita (PMDB), não reeleito. O mesmo ocorreu com Jeová Campos, que não se elegeu para a Câmara Federal, doou R$ 3.587,50 para a campanha de Frei Anastácio (PT).
Jornal da Paraíba