Brasília — O ataque hacker realizado na última terça-feira ao sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ) bloqueou a base de dados dos processos em andamento no tribunal e paralisou totalmente os trabalhos até a próxima semana. A Polícia Federal e o setor de informática do STJ ainda analisam a extensão do ataque e de que forma poderão contornar o problema. Outros dois sistemas oficiais foram atingidos nesta quinta-feira: do Ministério da Saúde e da Secretaria de Economia do Distrito Federal. Não se sabe ainda se há relação com o ataque ao STJ.
Ministros do tribunal afirmaram ao GLOBO que a situação é considerada “muito grave” internamente. A tramitação normal dos processos foi suspensa, já que o acesso ao sistema da corte está bloqueado. Até mesmo o acesso ao servidor interno de e-mails está fora do ar.
O presidente do STJ, Humberto Martins, baixou uma resolução suspendendo as atividades pelo menos até o próximo dia 9 e solicitou a abertura de investigação da PF sobre o assunto.
No caso do Ministério da Saúde, os funcionários estão sem acesso a internet, linhas de telefone fixo e e-mails corporativos. A pasta não fala em ataque cibernético e diz que a causa ainda está sendo averiguada pela equipe técnica do Departamento de Informática do SUS (Datasus).
A Secretaria de Economia do DF informou que houve uma “tentativa de ataque de hackers” e, por isso, “tirou todos os servidores do ar”. Diz, em nota, que a equipe de tecnologia trabalha para restabelecer os sistemas.
O Globo Online