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As Relações Internacionais da UEPB e a volta às aulas presenciais

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Nesta semana a UEPB voltou a ter suas aulas presenciais. No Campus V, João Pessoa, o entusiasmo está sendo imenso. Não apenas deixamos de nos encontrar mediados por telas de computadores e, muitas das vezes, por celulares, mas como pudemos, pela primeira vez, inaugurar propriamente, com aulas, o prédio novo da Instituição.

Alunos e alunas ingressantes de Relações Internacionais, e aqueles que só conheciam a UEPB por intermédio do “mundo virtual”, por conta da pandemia, não viam a hora de serem acolhidos por seus professores, técnicos e alunos dos últimos períodos. Olhos nos olhos, a concretude das salas de aulas, laboratórios, auditórios.

Mas para que se faça jus a História, alguns fatos merecem registro e recordação, não apenas aos nossos alunos/as, mas a sociedade paraibana como um todo, que investe e se beneficia com este curso.

Em primeiro lugar, o curso de Relações Internacionais da UEPB nasce de um projeto visionário, da então Reitora Marlene Alves. É bom que se diga: é o primeiro curso de Relações Internacionais de uma universidade pública no Norte e Nordeste do Brasil. Não vamos nos esquecer, a política externa e as relações internacionais de um país, de um estado da federação e de seus municípios, são, via de regra, um dos instrumentos e práticas mais fundamentais e estruturantes para o desenvolvimento sustentável e multidimensional. Como se não bastasse, três anos depois do curso de graduação, em 2009, é criado o primeiro Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais das regiões Norte e Nordeste.

Em segundo lugar, é importante reconhecer a grande contribuição que a Universidade de Brasília (uma das casas mais prestigiosas de Relações Internacionais da América Latina, tendo sido o primeiro curso de graduação do país) conferiu aos cursos de graduação e pós-graduação. Muitos de seus professores estiveram aqui em múltiplas ocasiões, lecionado, para banca de concursos, como professores visitantes, participando de bancas de monografia e mestrado, ajudando a pensar e construir o Projeto Pedagógico e assim por diante. Grandes nomes de reconhecimento nacional, como Eiiti Sato, José Flávio Sombra Saraiva, Henrique Altemani, Antônio Jorge Ramalho, Antonio Carlos Lessa, Norma Breda, estiveram ao nosso lado, contribuindo para o avanço científico da UEPB. Destes, Henrique Altemani merece destaque, pois foi durante alguns anos professor visitante da instituição. Coordenou o Programa de Pós-graduação e exerceu uma liderança acadêmica que, em sua gestão, conseguiu elevar nosso conceito para a nota 4 da CAPES.

Fazendo uma digressão, voltando mais ao passado, precisamos dizer (e esse é nosso terceiro ponto) que nada disso seria possível sem a autonomia universitária conquistada em 2004. A Lei 7.643/2004, a Lei da Autonomia da UEPB é talvez a pedra basilar, a pedra fundamental, do Ensino Superior, da Ciência e Tecnologia da Paraíba. Essa Lei, dentre outras questões, conferiu um percentual do orçamento do Estado para a Universidade, permitindo-a que sua gestão fosse autônoma, dentro dos marcos legais. Aliás, em época de eleições, valeria muito a pena ouvir os/as candidatos/as sobre essa Lei e qual o papel da UEPB para a sociedade.

Ainda neste quesito legal, a conquista das Leis que instituem os Planos de Cargos, Carreiras e Remuneração dos docentes e técnicos, em 2007, foram fundamentais para que se gerasse um corpo acadêmico e técnico de excelência, compatível com as demandas de desenvolvimento da sociedade paraibana. Não podemos deixar de mencionar, ainda, que a política de remuneração e concursos promovida pela gestão Marlene Alves, promoveu uma grande atração de pessoas, acadêmicos e técnicos, de todas as partes do país (uma política arrojada, praticada pelas melhores universidades do mundo) que deu sustentação, em grande medida, à criação de mais de 18 Programas de Pós Graduação durante os dois mandatos da referida professora.

Por fim, e voltando para as Relações Internacionais, está o trabalho dos professors/as e técnicos/as que trabalham com afinco e dedicação para promover nossos cursos, combinando a excelência acadêmica com o compromisso social. Dezenas de projetos de pesquisas, de extensão, acordos de cooperação internacional, marcam nossos cursos. Ainda, uma curiosidade: o primeiro título de Doutor Honoris Causa conferido pela UEPB, partiu de uma propositura do curso de Relações Internacionais (deste que ora escreve e do professor Filipe Reis Melo, com o auxílio do então professor visitante Daniel Afonso). O Embaixador Celso Amorim, parceiro do curso e de vários projetos da UEPB, foi agraciado, tendo vindo a Campina Grande para receber a honraria.

Tudo isso, e muito mais (que não cabe resumir neste pequeno artigo) fizeram com que, o curso de Relações Internacionais, na última avaliação do Ministério de Educação, alcançasse a nota 4 no ENADE (o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

Parabéns a todos que fazem os cursos de Relações Internacionais e que sejam muito bem-vindos/as os alunos/as ingressantes. Seguiremos na luta!

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