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Artista ameaçado de agressão diz que se viu em “caça às bruxas”

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O artista plástico Marcos Pinto conversou no início da noite de hoje com o Parlamentopb e contou os momentos de sufoco pelos quais passou na noite de ontem no final da avenida Beira Rio, em frente à Construtora Holanda, quando foi ameaçado por um grupo de militantes políticos sob o comando de um homem que não se identificou e pelo ex-candidato a prefeito Mário da Cruz.

– Eu estava trabalhando na minha escultura, eram 18 horas, e achei estranho porque começaram a chegar umas motos e ficaram na esquina, se organizando. Eu contei 30, mas tinha muito mais do que isso. De repente, chegou um caminhão cheio de gente, todos com bandeiras. Era uma algazarra, uma gritaria. Depois, veio outro caminhão, as pessoas desceram. Chegou uma caminhonete, cabine dupla, adesivada e começaram a ir para cima da minha escultura. Quando olhei, várias motos começaram a circular a escultura, buzinando e me xingando a mim e ao meu trabalho. De repente, chegou um Vectra com Mário da Cruz. Ele tinha um megafone ligado e dizia que meu trabalho era coisa do demônio e que tinha que ser destruído. Eu tentei conversar, mas não tinha condições porque ele só falava no demônio. Eu comecei a entrar em desespero. Minha sorte foi que o pessoal da construtora que patrocinou aquela obra ia saindo. E eu sempre digo que não foi a Prefeitura que pagou, mas uma empresa privada. Havia também um senhor de certa idade que estava comandando como se fosse um time de futebol. Ele dizia: peguem aquelas pedras, aqueles paus, vão pela esquerda, pela direita… parecia uma guerrilha. Eu fui perguntar a ele o que estava acontecendo e ele disse que tinha recebido ordens superiores para quebrar. Eu perguntei de quem, mas ele não disse. E depois de muito conversar e correr para o lado de Mário da Cruz, que estava com uma cruz pesada e queria bater na escultura, mas eu segurei e não deixei. De repente, muita gente veio a meu favor e me defendeu. Eu fui mais uma vez ao senhor que organizava aquela caça às bruxas e perguntei a ele como ele iria chegar em casa e dizer que ganhava dinheiro fazendo o mal. Foi aí que ele se tocou e mandou o pessoal ir embora, para outra. Não demorou dois minutos, todos foram embora. Eu fiquei impressionado com isso.

A entrevista, na qual Marcos conta que os militantes estavam com adesivos e camisas vermelhas, vai ao ar na íntegra na 101 FM nesta sexta-feira, 29.

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