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Argumentos e contra-argumentos sobre Taperoá como Capital/PB

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Como dito no artigo anterior, neste 6 de outubro Taperoá, localizada bem no centro geográfico da Paraíba, completa 135 anos de fundação.

Também disse que, face essa característica locacional (centro geográfico da Paraíba) e à luz da maioria dos estados dos Estados Unidos da América (USA), Taperoá é a cidade, na Paraíba, que mais se adequa à condição para ser a Capital do Estado e, como tal, constituir-se em força a mais atrativa para a efetiva interiorização do desenvolvimento estadual.

A propósito dessa “força atrativa para a interiorização do desenvolvimento”, lembremo-nos de que a interiorização do desenvolvimento do Brasil, especialmente contemplando Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins (este desmembrado de Goiás), deu-se sob a atração (como que um imã) da Nova Capital, Brasília, localizada no centro do país, em substituição à cidade do Rio de Janeiro.

Antes, porém, de reportar-me a alguns contra-argumentos aos meus argumentos sobre Taperoá dever ser refletida e debatida para constituir-se Capital da Paraíba, cabe-me informar – como prometido no artigo anterior – qual a resposta que dei ao comunicador Padre Albeni, na TV Master, relativamente à pergunta “Por que a Capital não ser em Patos?”.

Respondi: – 1) o porte da cidade de Patos, inclusive com vários prédios que atinge dezena de andares, já é um dificultador para a concepção/projeto de uma nova cidade/capital; 2) Patos, com uma área territorial menor que a de Taperoá, tem uma população quase oito vezes maior que a daquela, significando outro dificultador. Neste instante o Padre Albeni divulgou que estava recebendo mensagens sobre este assunto da entrevista, uma delas do Procurador da República Eitel de Brito Pereira, que afirmava que, em favor dessa ideia, Taperoá tem um planalto que muito faz lembrar as características geográficas de Brasília. Outra mensagem, de um construtor, dizia “Estou gostando da ideia e comecei a pensar em adquirir alguns terrenos em Taperoá para projetos residenciais!”.

Os contra-argumentos que me apresentaram foram em forma de questionamentos: – a) “Você acha que desembargadores, em nome do Tribunal de Justiça, vão querer deixar os restaurantes e outras regalias oferecidas em João Pessoa e irem residir em Taperoá?”; b) “Já notou que os deputados estaduais ficam todos mudos porque a eles não interessa um assunto como esse, já que preferem estar no litoral?”; c) “E o abastecimento d´água com o aumentando populacional, como fica?”.

Desde quando trabalhei na Seplan/PB, isto entre os anos 1977 e 1992, os respectivos Governos enfatizavam querer a interiorização do desenvolvimento. Até hoje essa interiorização não se efetiva! E já naquele tempo testemunhei frustrações de prefeitos que saiam “lá de longe” para, na Capital, pleitearem benefícios para seus municípios… não conseguidos. Eles próprios, esses prefeitos, já ponderavam que a Capital deveria ser equidistante em relação a todos os municípios da Paraíba, como agora a Capital Federal (Brasília) o é em relação aos estados brasileiros.

Sou consciente de que não se trata de um projeto que se execute em um só Governo. Um projeto dessa envergadura leva tempo, como ocorreu com Brasília, cuja “pedra fundamental” foi lançada no Governo de Epitácio Pessoa (1922) e a cidade/capital inaugurada no Governo JK (1960). Mas, é preciso que se o encare, pelo “sim” ou pelo “não”. Ou seja: começa pelo encorajamento para o debate a respeito da questão, a fim de concluir-se se a mudança da Capital do Estado, saindo de João Pessoa e indo para Taperoá, se essa decisão será mesmo benéfica, ou não!… Se será base para a interiorização do desenvolvimento, ou não!…

Conclamo, pois, especialmente as lideranças políticas para tomarem a iniciativa da promoção do debate, a partir dos políticos mais votados nas recentes eleições estaduais na cidade de Taperoá (Leonardo Gadelha, Dr. Damião, Edna Henriques, Julian Lemos etc), primeiramente auscultando a própria população de Taperoá se lhe interessa vir a ser Capital do Estado; auscultar-se igualmente os demais prefeitos da Paraíba, através da FAMUP, para que eles se manifestem sobre o tema; provocar-se os deputados estaduais para que se mostrem que não se omitem diante de um assunto tão relevante e que, em sua conclusão, dependerá exatamente da decisão da Assembleia Legislativa.

(Rômulo Gouveia, que já está nos céus, aqui na terra disse-me: “Mário, este é um assunto muito importante, mas também muito difícil para os políticos tomarem qualquer iniciativa porque, sendo complexo e polêmico, ficamos com medo de perder votos aqui ou ali, por exemplo, perder votos dos pessoenses”. Ponderei: – esse projeto também é em benefício da preservação da qualidade de vida na cidade de João Pessoa, porque com toda essa sua concentração populacional enquanto cidade litorânea e Capital, para tal desestruturada, não demorará alcançar as referências negativas de uma Rio de Janeiro com favelas e violências por todos os lados!).

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