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Após protestos, Cuba autoriza livre entrada de alimentos e remédios

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O regime de Cuba autorizou a entrada livre no país de alimentos, remédios e produtos de higiene trazidos por viajantes, três dias após intensas manifestações na ilha. A medida começa a valer na segunda-feira (19),

O governo concordou em autorizar “excepcionalmente e temporariamente” a importação desses produtos, trazidos por passageiros, sem limite de valor e sem o pagamento de taxas, anunciou o número dois do regime, Manuel Marrero, na TV cubana, ao lado do líder do país, Miguel Díaz-Canel. Marrero explicou ainda que a medida vale até 31 de dezembro e que, depois desse período, será reavaliada.

As leis cubanas permitem a importação não comercial, sem impostos, de 10 kg de medicamentos, enquanto impõem maiores limites a alimentos e outros produtos. Segundo o número dois, não haverá restrições impostas pelo regime, nem pela alfândega, e quem irá determinar esse limite será a companhia aérea.

Essa era uma das demandas de acadêmicos e intelectuais em carta aberta enviada ao governo recentemente. A crise no país motivou também os protestos no domingo (11) e na segunda (12), em cerca de 40 cidades da ilha.

Os atos que ganharam as ruas do país têm dimensão incomum quando comparados aos vistos nas últimas décadas. Os cubanos pedem mais liberdade e políticas efetivas de combate à escassez de alimentos e remédios. A mobilização ganhou força após a crise ser intensificada pelos efeitos da pandemia de Covid. No ano passado, Cuba viu o PIB encolher 11%.

Ainda que as demandas já fossem conhecidas pelo regime e pela comunidade internacional, o volume e a consistência dos protestos surpreenderam. Nos últimos anos, o regime já enfrentava mobilizações, marcadas em grande parte pela participação de artistas, jornalistas e intelectuais, que construíram redes de articulação após um decreto que limitou, ainda mais, a liberdade de expressão em 2018.

Diferentemente dessas mobilizações, os atos iniciados no fim de semana somaram participação popular e foram registrados em diversas províncias. O regime, porém, segue negando que as mobilizações tenham base social.

Na tentativa de asfixiar as mobilizações, que ganharam força nas redes sociais, o regime da ilha também cortou a internet da população na segunda, e plataformas como WhatsApp, Facebook, Instagram e Telegram funcionam com instabilidade —quando funcionaram.

De acordo com balanços divulgados por organizações sociais, cerca de cem pessoas foram detidas desde o início das manifestações. A repressão contra a imprensa também foi intensificada. Ao menos 42 jornalistas sofreram ameaças, agressões psicológicas e físicas ou foram presos, segundo números do Instituto Cubano para a Liberdade de Expressão e de Imprensa. Uma das repórteres presas é a cubana Camila Acosta, colaboradora do jornal espanhol ABC.

Ao menos um homem que participava da onda de protestos populares morreu, segundo informou o Ministério do Interior nesta terça. Diubis Laurencio Tejeda, 36, morava no bairro de Arroyo Naranjo, na periferia de Havana, um dos que registraram atos contra o regime cubano na segunda.

Folha online

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