Algumas horas após a prisão do empresário Ruan Ferreira de Oliveira, investigado pelo atropelamento e morte do motoboy Kelton Marques de Sousa, a defesa de Ruan Macário, como é mais conhecido, disse que vai recorrer à Justiça para que ele responda o processo em liberdade.
“A defesa vai providenciar os remédios jurídicos e constitucionais adequados a sua soltura, para que seja beneficiada a ele o seu direito processual e constitucional de responder o processo em liberdade”, disse o advogado Genival Veloso Filho.
Ele ressaltou que Ruan se apresentou espontaneamente e que “partiu dele o interesse de prestar os esclarecimentos necessários à Justiça”.
Preso em Catolé do Rocha
A Polícia Civil da Paraíba cumpriu na manhã desta sexta-feira, 29 de julho, o mandado de prisão em desfavor do empresário Ruan Ferreira de Oliveira, mais conhecido como ‘Ruan Macário’, investigado pela morte por atropelamento do motoboy Kelton Marques de Sousa, fato ocorrido no dia 11 de setembro de 2021, no chamado ‘retão de Manaíra’, em João Pessoa.
Acompanhado de seu advogado, Ruan se apresentou à delegacia de Catolé do Rocha, onde teve seu mandado de prisão cumprido pelo delegado Miroslav Alencar e sua equipe. Foragido desde as primeiras horas após o crime de trânsito, o empresário passou a ser uma das pessoas mais procuradas pelas polícias na Paraíba.
O trabalho de bastidores
Em janeiro deste ano, quando o mandado de prisão em desfavor do empresário já havia sido expedido há mais de dois meses, familiares de Ruan iniciaram contatos com o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, para tratarem de uma possível apresentação ‘espontânea’ do foragido à delegacia.
“Foram várias tratativas, inclusive com a participação de representantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público. Foram meses de negociações, de alegações e argumentos, tentando mostrar que passar a vida inteira fugindo da justiça não é a medida mais inteligente a ser adotada”, disse André Rabelo.
O delegado-geral destacou também que o trabalho da Delegacia de Homicídios cumpriu o seu rito normal, identificando o suspeito, realizando os exames periciais pertinentes ao caso, pedindo a prisão do investigado, concluindo o Inquérito Policial e o remetendo à justiça.
Direito ao silêncio
O delegado Miroslav Alencar disse que, ao se apresentar à delegacia na manhã de hoje, Ruan Macário preferiu permanecer em silêncio e que só se manifestaria em juízo, que é um direito garantido a qualquer pessoa presa.
Ruan está recolhido no presidio de Catolé do Rocha, à disposição da justiça.