Rio – A praia de Copacabana amanheceu ainda cheia de gente no primeiro dia de 2014. Quem resolveu esticar as comemorações se perdia entre montanhas de lixo que enfeiavam a bela paisagem iluminada pelo nascer do sol. Garrafas de vidro e sacos plásticos se acumulavam.
Mas nem todos contribuíram para a sujeira. O padeiro Bruno Soares, entretanto, preferiu fazer a sua parte e recolheu o lixo que produziu durante a virada do ano.
– Estavam distribuindo sacolas, então juntamos todo o nosso lixo. Como sou fumante, uso o maço velho para guardar as guimbas. Vi muitas pessoas jogando lixo desnecessariamente. Se estão distribuindo sacolas, é melhor poupar o trabalho dos garis – disse.
Já as francesas Melaine Mutti e Celine Candelon, apesar de estarem sentadas próximas de um monte de lixo, só tinham olhos para o raiar do dia.
– Os fogos de artifícios foram os mais lindos que já vi na vida. Foi pura magia. Mas resolvemos ficar mais tempo para também ver o nascer do sol – contaram as turistas de Tolouse, que estão hospedada no barco de uma amiga, na Marina da Glória.
Barracas de acampamento para não pagar hotel – Ao longo da orla, centenas de pessoas dormiam nas areias, sobre cangas ou em inúmeras barracas de camping. O marceneiro Denis Eduardo veio com um grupo de 50 pessoas de São João Del Rey, em Minas Gerais, curtir o Réveillon em Copacabana. Por volta das 6h, ele estava desmontando a barraca que o ajudou a passar a noite.
– Não ficamos em hotel, por isso a barraca foi importante. Chegamos ontem e vamos ficar na praia até o fim da tarde, quando voltamos para Minas – contou.
O Globo