O deputado estadual André Gadelha demonstrou hoje sua preocupação com as baixas sofridas pelo seu partido nas últimas semanas e provocou o líder do partido na Assembleia Legislativa, Gervásio Filho, a convocar a bancada para uma reunião. O encontro deve se dar ainda na tarde de hoje na sede do legislativo estadual com a finalidade de discutir o rumo que o bloco peemedebista vai tomar ante as adesões de Wilson Braga e Doda de Tião ao governo Ricardo Coutinho.
O deputado André Gadelha disse que a bancada precisa unificar o discurso, como forma de evitar novas perdas. “Os deputados do PMDB foram eleitos pela oposição. Por isso, ante as adesões, acredito que chegou a hora de chamar o feito a ordem. Caso contrário, o bancada ficará sem rumo na casa e poderá até perder mais integrantes. Nossos deputados estão aderindo a um governo que falha. Não podemos aceitar isso. O partido está sem rumo, existe distanciamento da presidência, dos deputados… não existe reunião e nem elaboração de metas, sobretudo para as eleições que estão se aproximando. Quem aderiu tem que dar satisfação ao partido, à bancada e sobretudo ao eleitor”, declarou o deputado.
A proposta de André Gadelha foi endossada pelo também deputado peemedebista Raniery Paulino. “É oportuno a solicitação do deputado André Gadelha, até porque já perdemos dois colegas. Além disso, precisamos discutir assuntos do interesse da bancada. Dessa forma, estou de acordo que seja realizada uma reunião”, comentou.
Sessão – A sessão ordinária de hoje foi marcada pelo revezamento de parlamentares na tribuna da Casa, que trouxeram ao plenário assuntos variados, tais como reforma agrária, debatido pelo deputado Frei Anastácio (PMDB); ameaças a religiosos da região polarizada pela cidade de Cajazeiras, tema do discurso do parlamentar Vituriano de Abreu (PSC); e questões ligadas à saúde, defendidas pelo deputado Aníbal Marcolino (PSL).
A questão salarial da área de segurança do Estado, que há até pouco tempo foi motivo de impasse entre policiais e governo, também foi tema de discussão na Assembleia, a partir de discurso feito pelo deputado Luciano Cartaxo (PT). Na oportunidade, Luciano Cartaxo disse que ainda não ficou claro para a sociedade o atitude do governo quanto as demissões promovidas no início do ano e, posteriormente, as novas contratações.