O deputado estadual André Gadelha (PMDB), líder de oposição e presidente da CPI dos Outdoors falou hoje sobre os trabalhos da comissão, estacionada desde o início de dezembro. Segundo ele, no próximo dia 11, a investigação sobre o financiamento da campanha de mídia contra os deputados que votaram contra a permuta da Acadepol voltará a ser feita pela Assembleia. Ele prometeu apresentar um recurso contra a negativa da quebra do sigilo telefônico e bancário do líder comunitário Jair Soares.
– No dia 11, Quando a Assembleia retorna com seus trabalhos da Comissão de Recesso, da qual eu faço parte, vamos ingressar com as contrarrazões da CPI em relação a uma liminar que foi concedida pelo juiz Aluísio Bezerra alegando que não há necessidade de quebra de sigilo telefônico e bancário do senhor Jair Soares. Nós vamos mostrar as razões pelas quais precisamos dessas informações para chegar ao ponto final dessa CPI. Caso seja negado, a CPI vai terminar e nós vamos punir Jair Soares, que desde o início é réu confesso. Houve muitas contradições que levam-nos a crer que o Jair não era o autor das placas, mas ele que se colocou como tal desde o inicio e a justiça é feita para punir os culpados. Não podemos dizer que concordamos, mas respeitamos o posicionalmente da justiça.
A CPI foi criada com o objetivo de identificar quem pagou pelos outdoors espalhados em vários pontos da cidade de João Pessoa com as fotos dos deputados de oposição, caracterizando-os como contrários à construção do Mangabeira Shopping. Os deputados recorreram à Justiça para retirar os painéis alegando que não eram contra o empreendimento, mas apenas contra a permuta do terreno da Acadepol, em cuja área será erguido o centro de compras.