O deputado estadual Aguinaldo Ribeiro (PP) se mostra preocupado com os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na sexta-feira (18), que aponta redução de pessoal ocupado na agricultura paraibana, passando de 426.067 para 387.376, que resultou numa variação negativa de -9,1% nesse setor.
Aguinaldo Ribeiro, que já exerceu o cargo de secretário da Agricultura da Paraíba, há anos atrás, e foi presidente do Fórum de Secretários de Agricultura do Nordeste, recorda que o Estado já foi líder em vários setores agrícolas, como abacaxi, algodão e sisal no país, “e agora amarga derrotas em sua agricultura com a diminuição de trabalhadores no campo constatada pelo IBGE. É preocupante porque tal redução de trabalhadores, entre outros fatores negativos, vai elevar a imigração de paraibanos para os grandes centros urbanos”.
O parlamentar propõe mais políticas de incentivos, por parte das autoridades estadual e federal, para incrementar, de forma rápida, os setores de sisal, abacaxi e algodão. E, ainda, incrementos para a caprinovinocultura, “único setor da pecuária que fornece elevada produção e produtividade na região do semi-árido paraibano”, ressalta Aguinaldo Ribeiro.
“São setores (sisal, abacaxi, caprinovinocultura e algodão) que a Paraíba já detém tecnologias e bastante conhecimento. Resta tão somente traçar estratégias de políticas públicas para esses segmentos da nossa economia. Em se tratando de caprinos e ovinos, o Estado é um dos líderes em elevada genética no Brasil”, sugere o progressista.
Outro setor da agricultura, prossegue Aguinaldo Ribeiro, que merece incentivos especiais é o da irrigação: “Estamos com mais de quatro mil hectares prontos para a exploração de culturas agrícolas irrigadas. Estou falando das Várzeas de Sousa, que poderá oferecer milhares de empregos para os trabalhadores do Alto Sertão paraibano”, propõe o parlamentar.
Segundo a pesquisa do IBGE, o ramo de atividade econômica que ofereceu mais postos de trabalho foi o da construção civil, com um crescimento de 25,3%, passando de 100.684 pessoas, em 2007, para 126.129 pessoas, em 2008. A indústria também empregou 9,4% a mais em 2008 – de 181.322 pessoas em 2007 para 198.424 pessoas –, enquanto no comércio o crescimento do número de empregos foi de 9,3%, passando de 251.715 para 275.200 pessoas; e os serviços, com variação de 7,8% (passou de 532.791 para 574.343 pessoas, respectivamente).