Os agentes de saúde da Paraíba estão organizando um dia de mobilização estadual que será realizado em João Pessoa. O ato público foi convocado pelo Sindicato dos Agentes de Saúde do Litoral, Vale do Mamanguape e Brejo, presidido por Célia Marques, e tem o apoio do deputado estadual Trocolli Júnior (PMDB), candidato à reeleição. No evento, cuja data será definida ainda esta semana, a categoria pretende cobrar o estabelecimento de um salário unificado em todo o Estado, além de reforçar a cobrança pela regulamentação destes profissionais, que ainda não foi efetivada em muitos municípios.
Trocolli Júnior, responsável pela intermediação do contato dos agentes de saúde com o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Nominando Diniz, explicou que o TCE deu prazo até o último dia 14 para que os prefeitos encaminhassem à Côrte a documentação referente aos processos de contratação dos agentes. Muitos, contudo, ao invés disso, enviaram justificativas diversas e pediram um prazo extra, que foi concedido e expira esta semana. A partir daí, quem não conseguir provar a existência de um processo legal de seleção, terá que realizar concurso público. Aqueles cuja documentação for considerada satisfatória, terá que regulamentar a situação dos profissionais. Os desobedientes terão suas contas automaticamente reprovadas. Até agora, apenas 51 municípios provaram a regularidade da contratação dos agentes comunitários de saúde.
A presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde do Litoral, Vale do Mamanguape e Brejo , Célia Marques, adiantou que o Dia Estadual de Mobilização dos Agentes de Saúde também vai marcar a luta da categoria pela unificação salarial. Segundo ela, os vencimentos são pagos com verba do governo federal e, portanto, não haveria justificativa para que as prefeituras repassassem valores diferentes pelo mesmo trabalho exercido: "Nosso Plano de Cargos e Carreira ainda está tramitando no Senado, mas prevê uma remuneração de dois salários mínimos. Na Paraíba, o salário varia de R$ 490 em João Pessoa a R$ 900 em Sousa e Cabedelo. Nós não entendemos como pode variar tanto se o dinheiro vem do governo federal", disse.