Advogados e delegado trocam empurrões na Central de Polícia em João Pessoa após prisão de colega

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Uma briga foi registrada entre advogados e um delegado da Polícia Civil na Central de Polícia, em João Pessoa. A confusão aconteceu nessa sexta-feira (25) após a prisão de um advogado. Durante uma live do perfil Papo de Criminalista, do advogado Mário Oliveira, de São Paulo, houve o registro de quando o delegado teria derrubado o celular de um dos advogados que estava na Central para prestar apoio ao colega preso.

Após essa cena, os ânimos ficaram exaltados por longo tempo. O advogado que teve o celular derrubado voltou em seguida a fazer contato com Mário Oliveira no perfil Papo de Criminalista e explicou que o delegado não havia gostado de aparecer na live.

O advogado também mostrou que um par de óculos de um colega foi quebrado na confusão. Na internet foram compartilhadas fotos de advogado com a calça rasgada na briga, com arranhões e outros registros.

Os advogados criminalistas registraram queixa na Superintendência de Polícia Civil logo após a briga generalizada.

Em vídeo no Instagram, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba, Paulo Maia, disse que ontem foi um dia triste para a advocacia paraibana e . “Suas roupas foram rasgadas, um celular foi apreendido, o qual registrou a ação abusiva, violenta e agressiva de membros da Polícia Civil que não permitiram o exercício regular da Comissão de Prerrogativas, que foi registrar um boletim de ocorrência de um fato de agressão que ocorreu na madrugada desse mesmo dia, onde um advogado foi agredido verbalmente por uma delegada e depois ameaçado de morte pelo esposo dessa delegada, segundo constam nas primeiras versões.”

O delegado geral de Polícia Civil da Paraíba, Isaías Gualberto, informou ao ParlamentoPB que a Polícia Civil se manifestaria através de nota.

Confira os vídeos da confusão e, abaixo, a nota da Polícia Civil da Paraíba sobre o caso

 

Nota à Imprensa

A Polícia Civil da Paraíba informa que adotou todas as medidas previstas em lei para esclarecer a situação ocorrida na madrugada deste sábado (26) na Central de Polícia Civil de João Pessoa, no bairro do Geisel, nesta Capital, que envolveu advogados e policiais civis, os procedimentos foram acompanhados pela Corregedoria da Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública, além de advogados representantes das comissões de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil.

Três advogados foram autuados por prática de crimes de injúria, desobediência, difamação, desacato e lesão corporal, cujos esclarecimentos sobre a verdade dos fatos serão advindos do devido procedimento de investigação criminal rotineiro, respeitadas todas as etapas do sistema de justiça criminal brasileiro.

A Polícia Civil da Paraíba reafirma parceria salutar com a advocacia e com a OAB, instituição que respeita e que é imprescindível para a efetivação do estado democrático de direito. E que o diálogo e a urbanidade deve pautar as relações institucionais para melhor solucionar a atuação dos todos os envolvidos.

Por fim, cabe esclarecer que o compromisso da instituição e de seus policiais civis dentro desse mesmo Estado democrático de direito é cumprir os preceitos legais no enfrentamento da criminalidade e na proteção da população paraibana, não se furtando a devida autuação policial de qualquer pessoa que cometa crimes.

A Polícia Civil da Paraíba informa que os autuados foram liberados, sem o pagamento de fiança, em decorrência do art. 7º do Estatuto da Ordem de Advogados do Brasil (OAB).

Todos os procedimentos legais adotados ocorreram em total obediência às legislações vigentes e foram comunicados ao Ministério Público da Paraíba e Poder Judiciário. As medidas legais foram adotadas na presença de membros da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança e Defesa Social, da OAB e de demais entidades que representam advogados.

A Polícia Civil da Paraíba reafirma seu compromisso com o cumprimento das leis e integração com as instituições que defendem a Constituição. Os fatos ocorridos serão devidamente apurados pela Corregedoria a fim de esclarecer as circunstâncias e analisar se houve alguma falha funcional por parte de algum servidor da instituição. A Polícia Civil da Paraíba não compactua com práticas criminosas.
Por fim, a Polícia Civil da Paraíba ainda reforça que o ocorrido se trata de um caso isolado e que não condiz com o histórico de harmonia, bom relacionamento e colaboração mútua que a corporação mantém com a advocacia paraibana.

Assessoria de Imprensa da Polícia Civil da Paraíba

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