O advogado Abraão Beltrão contestou a decretação da prisão, na última sexta-feira, 13, contra o psicólogo Eduardo Paredes do Amaral, de 32 anos, indiciado pela morte da comerciante Maria José dos Santos, de 50 anos. O rapaz responde por homicídio doloso contra Maria José e por tentativa de homicídio contra a vítima que sobreviveu ao atropelamento, além de ser réu no processo sobre a morte da defensora pública da Paraíba, Fátima Lopes, em acidente de trânsito ocorrido em 2010. Segundo o delegado, o crime contra Maria José foi praticado cinco meses depois e em circunstâncias semelhantes.
Para Abraão, contudo, a decretação da prisão de Eduardo deve ser contestada:
– Eduardo viajou. Quando ele voltar, eu ver a conveniência dele e a minha para apresentá-lo. Não conheço o teor da prisão que foi decretada contra ele. Ele já está sabendo da prisão. Eu mesmo disse que ele esperasse para entrar em contato novamente para saber se ele está disposto a vir para cá. Vou analisar tudo isso. Eu vou analisar esse decreto e ver porque o juiz decretou a prisão. Há um ano e meio, Eduardo estava cumprindo todas as obrigações. Agora, não, ele está de férias. Ele viajou. Foi ao Canadá falar com Luiza.
A declaração de Beltrão foi repudiada por Anna Caroline Lopes Correia, presidente da Fundação Fátima Lopes. Ela emitiu nota de repúdio à “piada de mau gosto” do criminalista. Na nota, ela acusa Abraão Beltrão de “zombar das instituições públicas, especialmente da Polícia e do Judiciário”.
"Em tom sádico, regozija-se do sofrimento de duas famílias, destroçadas por atos delinqüentes de seu cliente. Sr. Abraão Beltrão respeite a classe advocatícia, cujo quadro o Sr. Infelizmente integra. Suas condutas irônicas tornam-se perversas diante da gravidade do caso. Lembre-se que estamos falando de vidas humanas, a de duas mães de família, brutalmente assassinadas pelo seu representado, atualmente FORAGIDO DA JUSTIÇA".
Com blog de Célio Alves