Os ex-candidatos a vereador de João Pessoa Silva Neto, Cabo Sósteni e Crispim, do PR, compareceram ontem a uma audiência na Justiça Eleitoral para prestar informações sobre a ação de investigação judicial eleitoral conduzida pelo juiz Marcos Jatobá e pelo promotor Victor Manoel Rio. Eles haviam faltado a quatro outras convocações e, ontem, negaram as acusações feitas durante a campanha contra o ex-candidato a prefeito da capital, Francisco Barreto. O grupo havia dito que Barreto teria recebido R$ 80 mil de Cícero Lucena para criticar o prefeito Ricardo Coutinho (PSB).
Os acusadores revelaram que não dispõem de nenhuma prova contra Francisco Barreto. O principal deles, Silva Neto, revelou que foi usado para fazer calúnias. Visivelmente nervoso, e contraditório confessou que suas acusações, e as do demais acusadores eram improcedentes, irresponsáveis, e cavilosas.
Silva Neto pediu publicamente perdão a Barreto pelo dano moral e eleitoral. Ele e os demais acusadores acusaram o jornalista Sales Dantas de ter propagado o boato e de ter revelado ao grupo que dispunha de um vídeo comprovando o recebimento de dinheiro de Cícero Lucena. Também foram apontados como co-responsáveis pela trama o vice-prefeito Luciano Agra e o atual vice-presidente do PSB, Edvaldo Rosas. Eles teriam promovido uma reunião do prefeito com os filiados do PR. Já o então procurador geral do Município Marcelo Weick teria dado orientação jurídica ao grupo para que a denúncia tivesse sucesso.
Francisco Barreto disse que confiou plenamente na Justiça Eleitoral durante os 10 meses em que esteve sob suspeição. Declarou ainda, que de Ricardo Coutinho, e de sua “corja” não constitui novidade o uso intensivo de comportamentos desonestos e maldosos. Barreto acrescentou que vai à Justiça comum processar criminalmente todos os acusadores, e exigir reparações por danos morais resultantes das calúnias, difamações perpetradas contra ele durante o período eleitoral.