As últimas semanas não foram fáceis para o grupo político de oposição na Paraíba. Sair de um cenário de favoritismo com a provável candidatura do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) para se aceitar até o recuo dele e a inclusão do irmão gêmeo, Lucélio (PV), foi uma das situações mais constrangedoras que poderiam acontecer. É esse feijão com arroz que o bloco vai servir em mesa caprichada, com flores sobre uma toalha sofisticada e um clima de que está tudo bem.
Não é nada contra Lucélio nem Luciano e nem contra o tamanho e a densidade eleitoral dos irmãos Cartaxo. Eles têm um inegável potencial eleitoral. O que chama a atenção é o verdadeiro samba do afrodescendente descompensado que se tornou a formação da chapa adversária do PSB.
Era Luciano o candidato. O prefeito, desconfiado de Manoel Júnior e chateado com a demora do bloco em assumi-lo como postulante, disse que não queria mais. Surpresos, os líderes de oposição correram atrás, apelaram para que Cartaxo voltasse. Não voltou. Fizem romaria para que Romero Rodrigues assumisse a condição. O tucano olhou para o lado, viu Enivaldo Ribeiro e pensou: se Luciano não saiu por causa de Mané, eu vou sair? Toma que o filho é teu! Ironicamente, o filho de Cássio, Pedro Cunha Lima, também não quis. Passa ou repassa? Na confusão do abril despedaçado, já que não tem tu, vai tu mesmo! Quem quer? Lucélio, que não estava fazendo nada mesmo, queria. Opa! Habemos candidato! Ufa!!!!
Antes disso, o grupo tentou fazer uma reunião. Não deu quorum. Uns foram a Brasília, outros se queixaram nas rádios locais de que não tinham sequer sido convidados. Maranhão soltou um “Mas, tá! Se me chamarem, eu vou”. Maranhão é oposição? É candidato? Parece que sim.
E com tudo isso, João Azevedo, do PSB, que era propalado como o “desconhecido”, por ironia do destino é o candidato mais certo que apareceu nessa corrida. Está gordinho, é verdade, mas botando na conta o “Mago” eleitor, deve passar por média.