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A neurociência da paixão

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De repente, aquele frio na barriga, tremores, ansiedade e a sensação de que o coração vai sair pela boca. Para apaixonar-se, basta estar distraído, diria o poeta, acerca de um dos sentimentos mais arrebatadores de afeto, tristeza, alegria, amor e ódio. A paixão desafia lógicas, razão e sentidos, em qualquer idade, por menor tempo que dure ou seja prenúncio de longa história de amor.

Seu prazo de validade não ultrapassa dois anos, conforme estudos abrangendo a neurociência da paixão. Entre os homens, costuma passar ainda mais rápido, para a felicidade ou não dos amantes e apaixonados de plantão. A intensidade das emoções mexe com todo o funcionamento do cérebro.

Hormônios e neurotransmissores alteram-se sob o compasso desse coquetel de sentimentos. Os níveis de serotonina (neurotransmissor responsável pela regulação do humor, sono e disposição), por exemplo, passam a assemelhar-se às pessoas com transtornos obsessivos compulsivos. Eis o motivo de se dormir e acordar sonhando com a pessoa amada, como se não existisse ninguém mais nessa vida.

Se a serotonina cai, o mesmo não acontece com a adrenalina, a primeira substância produzida quando alguém depara com seu objeto de desejo, de qualquer forma. Basta ouvir a voz, receber aquela mensagem de texto ou tão somente ter notícia … Logo surgem taquicardia, tensão, suor, e o corpo se prepara para agir, além de liberar dopamina, um neurotransmissor que aumenta a motivação e provoca sensação de prazer.

Portanto, há explicações de sobra para o que acontece entre os apaixonados. Noites insones, ansiedade, euforia, apego, baixa concentração, decisões intempestivas, um mundo meio que cor de rosa e a vontade de não desgrudar do outro são reveladores de intensa paixão, algo parecido a um vício. Até a fome diminui, enquanto a química ganha ares avassaladores.

Imagina o que aconteceria com o organismo se tudo isso não passasse após alguns meses? Provavelmente, o corpo colapsava, ou não. Simplesmente, as pessoas viveriam muito mais intensa e longamente suas histórias amorosas, sem a frustração de sentir que aquele amor-paixão sucumbiu antes mesmo de se transformar em algo mais duradouro.

A notícia boa é que, quando a paixão inicial esfria, entra em cena a oxitocina, hormônio liberado após o orgasmo e também durante abraços. Essa substância fortalece a conexão com o outro, contribuindo para o início de novo ciclo na relação, marcado por maior estabilidade emocional, calmaria, bem-estar e o chamado amor-companheiro. E a paixão? Ah, a paixão… “Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”, ensinou Vinícius de Moraes, poeta, cantor, compositor, jornalista, e um eterno apaixonado.

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