No coração do anúncio do Evangelho de Cristo, feito alegremente pela Igreja, encontra-se a presença e a intercessão da Virgem Maria. Para nós católicos, a Virgem Maria é mãe e modelo da Igreja, enxergamos nela o acolhimento ideal na fé a Palavra de Deus. Há muito tempo, o mês de maio, dentro das alegrias pascais, tornou-se um espaço muito afetivo e cheio de alegria, quando os fiéis católicos voltam-se especialmente para Nossa Senhora como aquela que em tudo fez a vontade divina, e que nos ensina a fazer o mesmo, a amar concretamente a vontade de Deus.
Que podemos celebrar neste mês, diante de tantas dores que nossas sociedades atravessam? O sim da Mãe de Deus nos faz lembrar a primazia, isto é, colocar Deus no centro de tudo e, a partir Dele, construir nossa vida. A vida de Maria é uma constante lembrança de que a esperança de Deus vence sempre, Ela nos ensina a por nossos pés no chão de nossa história, mas sem tirarmos nossos olhos do horizonte do céu. Aqui poderia soar uma espécie de alienação, afinal, o discurso de Deus já não conta mais para a pós-modernidade. Contudo, a fé cristã jamais desanima, o Evangelho não nos autoriza às posturas eivadas pelo desânimo.
Nossa Senhora é a “mão invisível” que os homens não podem ver. Um dos maiores benefícios que o cristão pode obter em Maria é a sua intercessão. Como é bonito ver pessoas simples que amam a Deus pelo coração de Nossa Senhora. Para estas, e como devemos aprender com elas, Maria é a “mão invisível” que afasta o mal que insiste em nos rondar. Os fiéis mais simples não temem em olhar para Deus com o jeito do olhar da Virgem Maria, eles sabem que podem contar bastante com a perene proteção dela, não medem as palavras ao rezar: “Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, de que nunca se ouviu dizer que algum dos que recorreram à vossa proteção, imploraram a vossa assistência e clamaram por vosso socorro
tenha sido por Vós desamparado…” (São Bernardo).
Precisamos da mão materna que nos guia, e mesmo com tantas desesperanças, Nossa Senhora de Fátima nos convida a fazer da terra o lugar da nossa peregrinação que dirige-se à pátria definitiva, que é o Céu. Sua “mão invisível” não aliena, mas nos faz tomar a mão de tantos irmãos que sofrem, e que esperam pelo nosso humilde testemunho. Que este mês de maio, mês dedicado à Santíssima Mãe de Deus, traga esperança para nosso lares e espaços sociais, dando-nos gestos concretos de justiça e de paz.