A criação de um Núcleo de Atração de Investimentos e do programa Paraíba business pelo governo do Estado resultou em novas estratégias para divulgar potencialidades paraibanas que pudessem atrair do Brasil e de outros países. Segundo Marcos Procópio, a mudança na forma de divulgar o Estado com a finalidade de atrair investimentos foi um grande desafio, mas que tem dado resultados.
“Internamente, havia ainda um modelo utilizado por décadas, onde os incentivos locacionais (terrenos, galpões) e os incentivos fiscais eram a única moeda de troca nesta busca por empregos para os paraibanos. O nível de complexidade na construção de variáveis para tomada de decisão de investimentos no modelo globalizado envolve uma série de variáveis que precisa ser colocada na nossa proposta onde a força de trabalho entra no centro da questão”, afirmou.
Segundo ele, faltava foco na atração de investimentos, fazendo com que o estado atuasse sem fortalecimento de cadeias especificas. Por isso, foram adotados quatro eixos que mostrassem a competitividade da Paraíba. São eles os recursos humanos, a qualidade de vida, custo competitivo e localização estratégica.
Solução de gargalos e acompanhamento
Já em relação aos setores da economia paraibana escolhidos para maior atuação estão o de couro e calçados, tecnologia da informação (que inclui call Center), energia e turismo. Marcos Procópio esclareceu que diversas empresas estão sendo contactadas e trabalhadas para virem para o Estado. Para garantir a vinda das empresas, o trabalho passa pelo contato formal, levantamento das necessidades da empresa, solução dos gargalos e acompanhamento desta solução.
“Não adianta somente receber as empresas, fazer o contato e aguardar a resposta. Tem que se entender seu processo produtivo. Quais são suas dificuldades e necessidades? De que maneira o Estado pode intervir na solução em apontar caminhos e acompanhar suas soluções de forma colaborativa? Esta é a melhor forma de levarmos estas empresas para o interior da Paraíba. Ou seja, gerando cumplicidade institucional com todos os atores presentes em nosso Estado, desde governos, sindicatos, organizações de classe, sistema S, universidades e escolas técnicas. O nosso povo é nossa grande força na atração de investimentos, não benefícios fiscais e locacionais”, frisou Marcos Procópio.
De acordo com o secretário de Indústria e Comércio, é necessário um ambiente cada vez mais de cooperação. “É a nossa única saída a fim de enfrentar esta nova dinâmica moderna. As variáveis sociais, econômicas, educacionais estão praticamente todas presentes em nosso Estado. Precisamos apenas organizá-las e colocá-las em comunicação constante. Temos um grande potencial, uma nova era econômica nos espera. Acredito muito no poder de um grupo de pessoas organizadas e motivadas com um ideal em comum”, afirmou.
Correio da Paraíba