A folha de pessoal do governo, que hoje chega a quase R$ 200 milhões/mês e envolve 112,5 mil matrículas de ativos e inativos, é realmente um poço de informações impressionante que evidencia bem como existem desequilíbrios financeiros num dos estados mais pobres da Federação. Uma constatação curiosa que emerge dos dados constantes no edital publicado pela Secretaria de Administração para definir a instituição financeira que vai gerir o pagamento dos salários dos servidores, é bem expressivo sobre a concentração de funcionários na capital do Estado: o valor empregado para pagar funcionários de repartições estaduais situadas em João Pessoa daria para bancar a conta do restante dos municípios e ainda sobrariam R$ 60,6 milhões.
Na relação das cidades que possuem órgãos estaduais instalados, por exemplo, pode-se perceber que em 22 delas os gastos com pessoal ultrapassam R$ 1 milhão. Os municípios onde há os maiores gastos brutos com servidores estaduais são João Pessoa (R$ 102 milhões), com mais de 44,2 mil funcionários, e Campina Grande (R$ 23,3 milhões), com 12 mil trabalhadores.
Depois da capital e de Campina Grande, os maiores gastos com o pagamento de servidores estaduais está em Patos: possui 3.855 pessoas e os custos brutos com elas chegam a R$ 7,4 milhões.
Em seguida, vem Guarabira, com R$ 4,6 milhões e 2.437 funcionários; Sousa, com R$ 4,4 milhões e 2.927 matrículas; e Cajazeiras, com 4,3 milhões e 2.662 trabalhadores com algum tipo de relação de trabalho com o Governo do Estado.
Jornal da Paraíba