O ex-deputado Enivaldo Ribeiro, presidente estadual do PP, diz que a sigla será independente em relação ao Governo do Estado, mas deu declarações fortes contra as primeiras medidas adotadas pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), em cuja base a legenda esteve até o dia da convenção que anunciou a candidatura do socialista ao Governo. Em entrevista à 101 FM de João Pessoa, o pai de Aguinaldo e Daniella Ribeiro garantiu que a postura do PP será de independência, podendo apoiar eventualmente alguma iniciativa do executivo estadual, mas se manifestando contra em situações que julgar adequado criticar o Governo:
– A gente não apóia essas demissões loucas de quem tem um salário mínimo e vai passar necessidade depois de ser exonerado. O PP também acha que se houver como pagar a PEC 300, que o Governo pague. Somos a favor. Mas, louvamos as demissões de quem tem quatro ou cinco empregos. Isso realmente tem que acabar.
Ainda sobre a independência, o dirigente garantiu que haverá candidaturas próprias em João Pessoa e Campina Grande e em qualquer município que o PP tenha quadros fortes para concorrer:
– Todo partido tem que ter candidato. Durval Ferreira pode ser candidato em João Pessoa e pode haver outros. O partido sobrevive quando ele participa de eleições. Isso que eu estou dizendo é uma orientação nacional. Vamos participar em todas as cidades da Paraíba onde pudermos. Eu não conversei com ele [Durval Ferreira], mas citei o nome dele porque ele é capaz, tem sido eficiente como presidente da Câmara. Mas, não é uma determinação oficial. Eu apenas citei o nome dele. Também teremos candidato em Campina Grande. Essa candidatura de Campina Grande será de independência. O candidato a prefeito lutará em faixa própria, mas pode receber o apoio do prefeito. Não tem candidato que não queira apoio. Em João Pessoa, tínhamos uma secretaria na Prefeitura, que era compromisso da eleição de prefeito Ricardo Coutinho. O PP teve um secretário de Ciência e Tecnologia que foi tirado depois da eleição do ano passado. O partido será independente.
Caos financeiro – Enivaldo também minimizou os efeitos do discurso do governador Ricardo Coutinho, a respeito de uma dívida de R$ 1,3 bilhões deixada por José Maranhão (PMDB), que contou com o apoio do PP na campanha à reeleição:
– Nunca vi um governador para não dizer que o outro deixou o Estado arrasado. Estão pintando um quadro muito mais negro do que é para justificar as medidas que estão tomando.