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O fim das escolas cívico militares é uma decisão política

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ontem anunciar que vai acabar com as escolas cívico militares. Na Paraíba, o impacto não será tão grande, já que o governador João Azevedo não aderiu ao modelo criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019. No estado, há seis escolas em cinco municípios que adotaram esse modelo.

Em João Pessoa, estão duas delas: Chico Xavier e Aníbal Moraes. Cabedelo tem uma, a Maria José de Miranda Burity. A de Santa Rita se chama Capitão Tomaz Panta. A de Bayeux é a Maria do Carmo da Silveira Lima e a de Patos se chama Firmino Ayres Leite.

Apesar de ter anunciado o fim desse modelo, o governo federal não vai fechar as portas dessas escolas de imediato. As atividades seguem normalmente até o fim do ano e se os estados e municípios que implantaram esse modelo quiserem mantê-los, poderão, mas terão que fazer isso com recursos próprios. Caso não queriam continuar , as unidades escolares passarão ao modo de ensino convencional.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tinha muita proximidade com os militares, até mesmo foi capitão da aeronáutica e nomeou muitos militares para cargos de destaque em seu governo. Quando criou esse modelo de escola, oficialmente disse que o objetivo era diminuir a evasão escolar e reduzir os casos de violência escolar a partir da disciplina militar. O que não era dito é que ali estava também um projeto de poder. Nesse ambiente, os alunos seriam instruídos segundo os padrões conservadores, o que não deixaria de ser também uma espécie de criação de público para o campo político que à época era coordenado por Jair Bolsonaro.

No ofício que foi enviado pela Coordenação Geral de Ensino Fundamental do MEC, o governo apenas afirma que foi feita uma avaliação do modelo e que ele será desativado, mas não explica que resultados teriam contribuído para essa decisão.

É uma decisão de governo, da educação, mas é também uma decisão política. Lula não simpatiza com o modelo cívico militar, assim como a esquerda não acredita que ele dê mais resultados que o ensino convencional. E é esse padrão mais livre, progressista, que interessa ao presidente atual.

É importante explicar que as escolas não serão extintas. O que muda é a apenas o modelo de ensino. As unidades permanecerão abertas. Também é preciso destacar que os colégios militares continuam existindo e são mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar e com autonomia para montar o currículo e a estrutura pedagógica.

João Pessoa, Patos e Bayeux ainda não se pronunciaram sobre o futuro das escolas cívico militares, mas a tendência é que elas sejam transformadas em escolas comuns, já que a conta será exclusiva das gestões municipais. Da mesma forma que Bolsonaro desprezava Paulo Freire, Lula torce o nariz para a presença de militares nas escolas. Também na educação, rei morto é rei posto.

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