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Braiscompany: investimento moderno, práticas antigas

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O Caso Braiscompany se complica a cada dia.

Na próxima semana, ao que tudo indica, devemos ter novidades no âmbito do MPPB. O promotor Sócrates Agra adiantou que a judicialização parece ser o único caminho para superar o impasse estabelecido desde dezembro quando a empresa sediada em Campina Grande parou de fazer os repasses a seus investidores.

Calcula-se que estejamos falando de cerca de R$ 600 milhões represados e 10 mil clientes que perderam o sono pensando no dinheiro que investiram na promessa de faturamento alto no ramo das criptomoedas.

Uma nota emitida ontem pelo MPPB garante que muitas informações novas sobre o caso foram obtidas nos últimos dias e que as providências estão sendo tomadas de maneira rápida.

Enquanto isso, o dono da Braiscompany, Antonio Neto, adotou a tática de que o ataque é a melhor defesa. Ele se diz acuado e massacrado pela imprensa e se recusa a falar com quem quer que seja. Para ele, não há nenhum veículo de comunicaçao no Brasil que valha seu tempo.

É a retórica de quem não quer ser contestado. É muito mais confortável fazer uma live e dizer apenas o que quer, sem ser interpelado, questionado, confrontado.

Os advogados da Braiscompany igualmente se posicionaram afirmando que só falarão em juízo ou ao MP.

Antonio Neto construiu uma imagem marcada pelo luxo, companhia de muitos famosos e de ostentação. Fez com que muita gente sonhasse em ganhar dinheiro como ele, investindo num segmento que muitos desconhecem e que tem alto risco. Os primeiros investidores sairam alardeando o bom negócio que fizeram e atrairam muitos outros. O esquema pode não ser, mas se parece demais com as pirâmides. Ou seja, você é atraido com a promessa de altos ganhos se recrutar mais pessoas para investir no mesmo esquema. No início, alguns realmente têm lucro para dar mais verossimilhança ao processo, mas depois, o criador do golpe desaparece com o dinheiro dos demais.

A reputação de Antonio não é das melhores. Ele passeou pelo marketing multinível, uma forma mais sutil de pirâmide, que utiliza a venda de um serviço ou produto para disfarçar o intuito principal, e até já fundou umaa igreja, a igreja de cristo oficial, que funcionava no Conde e foi fechada quando ele criou a Braiscompany.

Tem gente que vendeu imóveis para aplicar o dinheiro no mercado dos criptoativos, com a Braiscompany. Por isso, o desespero é proporcional à grana empenhada nesse segmento.

Antonio deve ser convocado pela ALPB na semana que vem para prestar esclarecimentos a respeito de um escãndalo que já é manchete nacional. A audiência deve ser conjunta numa iniciativa de Wilson Filho, na Assembleia, e Odon Bezerra, na Câmara Municipal de João Pessoa. Antonio com certeza tem muito a explicar não pode se dar ao luxo de falar o que quer, na hora que quer e pra quem ele quer. Empreendedor de um ramo tão moderno, ele ainda usa os métodos mais antigos para fugir do debate. E esse é um sinalizador de que há algo de podre no reino da Borborema. Quem não deve, não teme.

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