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Camarão em prato de Wagner Moura no MTST causa discussão política, regional e gastronômica

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Uma foto publicada por Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, causou uma celeuma política, regional e culinária.

Diga lá, leitor, você reconheceria um acarajé se ele estivesse com os ingredientes separados em um prato? O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não reconheceu. Em sua conta no Twitter, nesta sexta-feira (13), o filho do presidente Jair Bolsonaro ensaiou uma crítica ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) por servir camarão ao que o deputado chamou de “elite do partido”.

A foto que o deputado usa para ilustrar sua crítica é a do ator Wagner Moura comendo acarajé no prato (em uma marmita plástica, para ser mais exato) durante um evento na ocupação Carolina de Jesus (zona leste) em que o seu filme Marighella foi exibido.

Prato popular da cultura africana e afro-brasileira, o acarajé leva em sua receita o vatapá. E o vatapá, nada mais é, do que camarão refogado com azeite de dendê, cebola e outros ingredientes misturado a pão batido e fervido, temperado com sal e pimenta e servido como recheio do acarajé ou no prato.

O deputado Bolsonaro não foi o único a criticar o cardápio do ator.

O próprio Guilherme Boulos repercutiu o caso no Twitter. Para ele, a raiva que a foto de Wagner Moura comendo acarajé no prato na ocupação em São Paulo “mostra que o bolsonarismo vibra com a fome e, acima de tudo, desconhece a cultura brasileira”.

“Quem gosta de ver pobre roendo osso é o Bolsonaro”, escreveu o MTST, relembrando foto de Eduardo Bolsonaro vestido de xeque em viagem ao Oriente Médio.

O restaurante que fez a doação do cardápio para o evento, o Acarajazz, também fez menção ao caso. No perfil oficial do estabelecimento, a foto de Wagner Moura traz na legenda um novo apelido para o prato: “vatapazinho polêmico do amor”.

Há uma razão para que o acarajé estivesse desmontado. A cozinheira disse à Folha que o Acarajazz levou cem acarajés prontos e cinco kits com o equivalente a 50 acarajés. Os kits tinham vatapá e outros ingredientes separados, para serem comidos no prato. “Era o que eu tinha aqui, comprei ingredientes de última hora, até dinheiro emprestado pegamos”, afirma.

O que Wagner Moura tinha em mãos na foto era um dos cinco kits e, segundo Alves, ele foi um dos primeiros a se servir. “A maior parte das pessoas que comeu eram as que moravam na ocupação”, disse.

O assunto está entre os mais comentados do Twitter neste sábado. Bolsonaristas estão associando o prato ao restaurante Coco Bambu.

Críticos do governo, no entanto, ironizam o elo criado com a franquia.

Matheus Moreira, Folha de S. Paulo

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