Duas faixas da Associação dos Docentes da UFCG – ADUFCG, repudiando a vinda do presidente Jair Bolsonaro ou de integrantes de seu governo à UFCG foram retiradas dos portões de entrada do Centro de Ciências e Tecnologia – CCT e Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS, em Campina Grande, na noite de terça-feira. A entidade pretende registrar um boletim de ocorrência na Polícia e avalia a reação como uma tentativa cercear seu direito a liberdade de expressão.
As faixas foram colocadas na terça-feira pela manhã (9/04) e permaneceram nos muros da UFCG até a noite de quarta-feira. As primeiras informações que chegaram até a diretoria do sindicato indicam que três homens, num veículo da marca Citroen, de cor vermelha, foram responsáveis pela retirada do material que estava no CCBS.
Um dos vigilantes do local teria questionado a ação e recebeu como justificativa que o local era uma via pública e que eles poderiam fazer o que quisessem.
A diretoria da entidade explica que faixas repudiando a possível vinda de Bolsonaro ou de integrantes de seu governo a UFCG foram aprovadas em assembleia geral da categoria. Outras faixas ainda permanecem em entradas da universidade e que foram retiradas serão repostas.
Só o astronauta – Inicialmente divulgou-se que o presidente da República estaria na inauguração do Centro de Testes de Tecnologias de Dessanilização da UFCG, mas depois ficou confirmado que apenas o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, estará na solenidade que será realizada às 14 horas deste sábado, 13 de abril.
A primeira visita de Jair Bolsonaro como presidente da República a Campina Grande deve acontecer para a inauguração do Complexo Habitacional Aluízio Campos, nos próximos 60 dias.
Marcos Pontes foi o primeiro cidadão brasileiro a embarcar em uma missão espacial. Isso aconteceu em março de 2006, quando ele integrou a Missão Centenário, projeto criado entre o Brasil e a Rússia com destino à Estação Espacial Internacional, com mais outros dois cientistas russos. Para Pontes, a missão durou 10 dias, tempo em que o engenheiro realizou diversos experimentos em ambientes de microgravidade.
Em maio de 2006, Pontes foi afastado e colocado como reserva em suas atividades da Força Aérea Brasileira. Em 2014, o astronauta tentou ingressar na carreira política como deputado federal de São Paulo pelo PSB. Ele obteve mais de 43 mil votos, número insuficiente para leva-lo até a Câmara.