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Meu eu no mundo

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Só me permito escrever quando sinto ter, de fato, um conjunto de ideias para compartilhar. Algumas vezes, os textos vêm prontos e só preciso de coordenação mental e motora para organizar a avalanche de consciência. Mas, cá estou eu, depois de uma péssima noite de sono, na segunda semana das aguardadas férias, precedida de uma decisão de cunho pessoal que refletirá de forma cataclísmica (como sempre tem sido) em todo o caminho da minha, ainda breve, vida neste plano.

Tudo começou por volta das 20h36min. do domingo, 17 de janeiro de 2021, embalado por uma playlist que sempre ouço quando quero adentrar em territórios do meu coração, que não ouso pisar se não tenho um ponto equivalente para poder voltar. A imersão me sucumbe de forma angustiante, o que me deixa exausto. O que mais me incomodou nesse sonho, que beirou um pesadelo – e que destoou de qualquer animosidade dos filmes de terror que adoro assistir quando me deparo com as faladas crises de ansiedade – foi a quantidade torrencial de símbolos de coisas ligadas ao meu passado de uns 27 anos atrás. Um farto arsenal de detalhes estruturais e sensações inquietantes em sua mais cognitiva figuração, que me faziam despertar e adormecer retomando exatamente de onde havia parado.

Não estou buscando, com isso, alguma explicação mística, mas sim tentando ilustrar o motivo principal do meu cansaço, hoje. Ou devo estar admirando demais as obras de Salvador Dali (risos). A decisão reflete também de forma involuntária no meu comportamento cínico para com o mundo. Tudo, mais do que nunca, segue de forma avulsa e transitória, o que não deixa de refletir no comportamento humano, o qual tenho observado de forma curiosa e mapeando um gráfico de mediocridades que deixa um dissabor tão amargo, onde consigo sentir na ponta da língua, hoje abafada com a máscara que esconde parte de nossas expressões mais simples. Quer dizer, não recuo diante das minhas decisões ou escolhas, por mais que elas arranquem pedaços significativos da minha vida.

Talvez possa soar egoísta, mas tomo como uma responsabilidade de viés particular, onde o único pescoço perdido será o meu. Vez ou outra percebo o quão somos frágeis e covardes diante de coisas simplórias, mas que fazem uma grande diferença, “uns dias numa igreja e talvez quem sabe eu me tornasse um dos fiéis” – trecho da canção Une Chanson Triste de Herbert Viana na voz de Daúde . Talvez eu queria simplesmente sintetizar que, às vezes, as pessoas são muito legais e elas estão por aí, mas só não têm tempo para você, ou o tempo que você acha que merece. Esses bizarros tempos de pandemia têm provocado reações esquisitas e assustadoramente pontuais em todos. Não existe manual de sobrevivência ou fuga lógica para não sucumbir ao mais deprimente estágio da nudez da fragilidade humana. Talvez eu esteja iniciando uma jornada ao meu, mesmo com a vacina batendo à porta!

Por hora, é isso!

A imagem que ilustra esse texto é Salvador Dalí. Project for “As you like it”. 1948.

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